O Dia Mundial dos Refugiados é o dia dos mais vulneráveis – A UE está ao seu lado

20.06.2018

Em 2017, a cada dois segundos, uma pessoa teve de fugir de casa por causa de guerras, perseguições ou outros atos de violência. Face ao número recorde de pessoas em situação de necessidade, que é da ordem dos milhões, a União Europeia continua a colaborar com parceiros de todo o mundo para fazer face aos desafios humanitários e disponibilizar assistência a longo prazo. No ano passado, a UE afetou dois mil milhões de euros do seu orçamento humanitário à ajuda a pessoas deslocadas e às comunidades que as acolhem em 49 países. Por sua vez, os países da UE ofereceram proteção a mais de 538 000 pessoas.

Para a União Europeia, a vida e a dignidade humana devem ser sempre protegidas. Juntamente com os nossos parceiros internacionais, envidamos esforços para prestar assistência e apoio aos mais vulneráveis. Numa altura em que cada vez mais se ouvem discursos contra as pessoas que fogem à guerra e às perseguições, a UE continuará a ajudar os mais necessitados.

 

 

A União Europeia é o principal doador de ajuda do mundo e está solidária com as populações em situação de deslocação forçada, hoje, amanhã e em todos os outros dias do ano. Para salvar e proteger vidas, a Alta Representante e a UE puseram em prática uma abordagem que combina a resposta humanitária de emergência com o apoio de longo prazo aos refugiados, requerentes de asilo, apátridas e pessoas deslocadas internamente.

 

Na Síria, onde a crise entra no seu oitavo ano, há mais de 13 milhões de pessoas que necessitam de ajuda humanitária, das quais seis milhões são crianças. O Fundo Fiduciário Regional da UE de resposta à crise síria atingiu um total de 1500 milhões de euros, tendo proporcionado acesso a um ensino de qualidade, proteção e apoio psicossocial a mais de 400 000 crianças e jovens refugiados e das comunidades de acolhimento, bem como assegurado cuidados médicos e medicamentos essenciais a mais de 200 000 pessoas vulneráveis.

Ser refugiado não é uma escolha. E o Dia Mundial dos Refugiados é o dia em que todo o mundo comemora a força, a coragem, a resiliência e os enormes esforços destas crianças, mulheres e homens. Embora seja importante conhecer o número de pessoas que se encontram em situação de necessidade, é igualmente importante ter presente que o que está em causa são seres humanos, cada um com a sua história e os seus sonhos. O Dia Mundial dos Refugiados pertence-lhes.

Yasmine é uma das beneficiárias do apoio da UE. Nos dois primeiros anos após a sua fuga da Síria, não conseguiu retomar uma vida normal na Jordânia. Graças a uma bolsa da União Europeia, pode agora continuar os estudos. E, entretanto, começou também a trabalhar num projeto com jovens sírios e jordanos. Yasmine considera que «este tipo de iniciativas e o voluntariado são muito importantes, porque é preciso ajudar os jovens a dar a volta» e «a integrarem-se na sociedade». A história de Yasmine mostra quão importante é a ação da comunidade internacional. 

A Segunda Conferência de Bruxelas «Apoiar o futuro da Síria e da região», copresidida pela UE e pela ONU, renovou e reforçou o compromisso político, humanitário e financeiro da comunidade internacional com o apoio ao povo sírio e aos países vizinhos.

Por ocasião da conferência, a Alta Representante/Vice-Presidente Federica Mogherini declarou: «A esperança mantém-se viva graças à hospitalidade da Jordânia e de todos os outros países que têm acolhido milhões de sírios, como o Líbano e a Turquia. A esperança mantém-se vivagraças às comunidades que acolhem estas pessoas. A esperança mantém-se viva graças às Nações Unidas e ao seu trabalho incansável. E graças ao apoio financeiro que nós, a comunidade internacional, conseguimos mobilizar ao longo de sete anos de guerra.» A UE presta apoio a refugiados no Líbano e na Jordânia, assegurando os meios necessários à sua subsistência, educação e cuidados de saúde. Com a ajuda do mecanismo de apoio aos refugiados na Turquia, 500 000 crianças refugiadas sírias têm acesso à educação e realizaram-se mais de 760 000 consultas de cuidados de saúde primários.

No prosseguimento dos seus objetivos gerais para salvar e proteger vidas, encontrar soluções duradouras e apoiar a autossuficiência dos refugiados e pessoas deslocadas, a União Europeia colabora também estreitamente com a União Africana. O Fundo Fiduciário da UE para África (FFUE) esforça-se por ajudar um grande leque de países africanos, mas presta especial atenção aos mais vulneráveis e às comunidades locais que os acolhem. Até à data, foram aprovados 161 programas, num montante total de cerca de três mil milhões de euros, para a região do Sael/Lago Chade, Corno de África e Norte de África.

Hellen Okoth, uma jovem de catorze anos que beneficiou do Programa de Apoio da UE aos refugiados do Norte do Uganda, fala da trágica perda dos pais. «Quando as forças rebeldes entraram na nossa aldeia começaram a lutar e mataram os nossos pais todos» afirma. Embora nada possa aliviar a sua dor, o financiamento da UE e dos seus parceiros é crucial para Hellen e muitos outros.

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O programa financiado pelo Fundo Fiduciário da UE para África e pelos seus parceiros tem como objetivo geral reduzir o risco de novos conflitos violentos, apoiando serviços básicos, como a alimentação, a água e o saneamento. Além disso, pretende melhorar o nível de educação.

A UE também colabora com o ACNUR no contexto do Grupo de Trabalho conjunto União Africana–União Europeia–Nações Unidas, criado à margem da Cimeira UA-UE em novembro de 2017. Até à data, o trabalho desenvolvido permitiu evacuar mais de 1600 refugiados da Líbia para o Níger através do Mecanismo de Trânsito de Emergência.

Além disso, a União Europeia trabalha incansavelmente para prestar apoio vital aos civis Rohingya e às comunidades que os acolhem no Bangladeche e no Estado de Rhakine, em Mianmar/Birmânia. Os perto de 700 000 civis Rohingya que tiveram de fugir para o Bangladeche desde agosto de 2017 dependem fortemente da ajuda humanitária. Com o apoio da União Europeia, o Programa Alimentar Mundial das Nações Unidas fornece aos refugiados ajuda alimentar de emergência, como arroz, sementes e óleo vegetal.

©WFP/ Saikat_Mojumder

O programa financiado pelo Fundo Fiduciário da UE para África e pelos seus parceiros tem como objetivo geral reduzir o risco de novos conflitos violentos, apoiando serviços básicos, como a alimentação, a água e o saneamento. Além disso, pretende melhorar o nível de educação.

A UE também colabora com o ACNUR no contexto do Grupo de Trabalho conjunto União Africana–União Europeia–Nações Unidas, criado à margem da Cimeira UA-UE em novembro de 2017. Até à data, o trabalho desenvolvido permitiu evacuar mais de 1600 refugiados da Líbia para o Níger através do Mecanismo de Trânsito de Emergência.

Além disso, a União Europeia trabalha incansavelmente para prestar apoio vital aos civis Rohingya e às comunidades que os acolhem no Bangladeche e no Estado de Rhakine, em Mianmar/Birmânia. Os perto de 700 000 civis Rohingya que tiveram de fugir para o Bangladeche desde agosto de 2017 dependem fortemente da ajuda humanitária. Com o apoio da União Europeia, o Programa Alimentar Mundial das Nações Unidas fornece aos refugiados ajuda alimentar de emergência, como arroz, sementes e óleo vegetal.

 

Main photo: United Nations


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