A UE na ONU para um planeta saudável

25.09.2019

Realizaram¬ se duas importantes cimeiras à margem da Assembleia Geral das Nações Unidas esta semana – a Cimeira das Nações Unidas sobre a Ação Climática e a Cimeira das Nações Unidas sobre os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável – por ocasião das quais a UE manifestou o seu forte empenho na realização da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável rumo a um mundo pacífico e próspero, em que o bem¬ estar humano num planeta saudável ocupa um lugar central.

A UE na Cimeira das Nações Unidas sobre a Ação Climática

Cimeira das Nações Unidas sobre a Ação Climática (ligação externa), convocada pelo secretário­‑geral das Nações Unidas, António Guterres, teve lugar em Nova Iorque, em 23 de setembro. O primeiro vice‑presidente, Frans Timmermans, e o Comissário Miguel Arias Cañete juntaram­‑se ao Presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, na sessão de abertura. A Cimeira realizou­‑se num momento importante, tanto em termos de ação climática a nível internacional  como de empenho da UE na ação e nos compromissos a nível nacional. Sendo a única grande economia a ter legislado sobre os compromissos assumidos no Acordo de Paris e tendo apresentado uma visão estratégica a longo prazo para uma economia próspera, moderna, competitiva e com impacto neutro no clima, até 2050 – Um Planeta Limpo para Todos – , a UE  pôde apresentar um balanço notável na cimeira. A UE é também o maior contribuinte de financiamento internacional para a luta contra as alterações climáticas (ligação externa). O problema das alterações climáticas é demasiado sério para que qualquer governo o possa enfrentar sozinho. A União Europeia continua a promover e a apoiar soluções multilaterais no âmbito das Nações Unidas. É tempo de todas as partes desempenharem um papel ativo na inversão do aquecimento global.

A UE e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável: Execução da Agenda 2030

A União Europeia esteve também presente na Cimeira das Nações Unidas sobre os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ligação externa). Em nome da UE, o primeiro vice‑presidente, Frans Timmermans, afirmou: "A nossa ambição é tornar a UE no primeiro continente neutro em termos de clima nas próximas três décadas, reforçar a proteção e o restabelecimento da biodiversidade, eliminar a poluição no nosso continente, transformar todo o nosso sistema alimentar, do prado ao prato, avançar para uma economia totalmente circular; e tornar o nosso sistema de transportes totalmente limpo e mais inteligente". No seu discurso, acrescentou ainda o seguinte: "Temos de defender o multilateralismo. Constituímos um só povo, uma só raça — a raça humana — que vive num único planeta. Sejamos corajosos e afirmemos bem alto que o mundialismo é, na realidade, um patriotismo esclarecido."

À margem da Cimeira, a UE assinou também uma declaração conjunta com os países ACP (África, Caraíbas e Pacífico), em que se sublinham os compromissos de apoio aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.

 

https://twitter.com/EUCouncil/status/1176076406104690690

Antes da Cimeira das Nações Unidas sobre o Clima e da Cimeira das Nações Unidas sobre os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, a alta representante da UE, Federica Mogherini, reiterou o apelo da UE à ação climática na sua declaração sobre o Dia Mundial da Paz, 21 de setembro, ao declarar que  "hoje em dia, sobretudo numa altura em que os jovens de todo o mundo se estão a mobilizar para fazer um apelo para salvar o nosso planeta, a urgência de ação é mais premente do que nunca."  Federica Mogherini explicou que "as alterações climáticas multiplicam as ameaças à paz e à segurança, uma vez que aumentam a pressão sobre os meios de subsistência já de si frágeis e desestabilizam as comunidades locais e o ambiente em que vivem. A insegurança alimentar, a escassez de água e a degradação do ambiente dão origem, muitas vezes, à concorrência em relação aos recursos naturais, e a tensões, já que as comunidades são forçadas a fugir e a migrar em busca de um futuro melhor. Cerca de mil milhões de pessoas vivem em zonas com elevada exposição a riscos climáticos; cerca de 400 milhões de pessoas vivem em países em que   a paz é já precária. Estas condições podem comprometer ainda mais o funcionamento das sociedades afetadas. "

Salientou que "é nossa responsabilidade coletiva trabalhar por um mundo mais pacífico, seguro e próspero para as gerações presentes e futuras. É o que estamos a fazer. Fazemo­‑lo, enfrentando as causas profundas da instabilidade, investindo na prevenção de conflitos, na nossa defesa e na cooperação financeira com os países parceiros, e recorrendo à diplomacia climática. Ao investirmos na nossa própria paz, estamos a investir na paz em todo o mundo."

A UE congratula­‑se com o relatório das Nações Unidas sobre os oceanos e as alterações climáticas

Além disso, o Painel Intergovernamental sobre as Alterações Climáticas (PIAC) (ligação externa) emitiu o seu relatório especial sobre o impacto das alterações climáticas nos oceanos e na criosfera — as partes cobertas de gelo do nosso planeta (ligação externa) em 25 de setembro. A  UE congratula­‑se com o relatório das Nações Unidas sobre os oceanos e as alterações climáticas, que oferece aos decisores políticos de todo o mundo uma sólida base científica para os seus esforços de modernização da economia, de luta contra as alterações climáticas e de combate aos seus impactos nos oceanos, de promoção do desenvolvimento sustentável e de erradicação da pobreza.